Tenho medo do infinito
Eu temo o eterno
É que daqui não vejo
As galáxias mais distantes
Nem adivinho do silêncio o arpejo
Solfejando possíveis dissonantes
Enquanto a goela negra dos buracos
Vai tragando todo astro descuidado
Expelindo os celestes corpos mais fracos
Invertendo o universo do outro lado
Quero o chão da minha esquina
A calçada sossegada dessa rua
Quero simplesmente seguir a minha sina
De sonhar olhando a luz da lua
(Climério Ferreira)
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